Voltar ao trabalho - Obstáculos de uma recém mamã
Para quem acompanha o blogue, sabe que estou em casa praticamente à um ano, porque fiquei de baixa de alto risco e entretanto licença de maternidade e, agora, estou oficialmente desempregada. Estou inscrita no centro de emprego, coisa que nunca me tinha acontecido.Trabalho desde os 16 e estou pela primeira vez sem fazer nada.
Não é porque quero, é porque a sociedade onde vivemos infelizmente ainda olha de lado para as recém-mamãs ou porque acham que não nos adaptamos a um certo cargo, que a própria sociedade aponta o dedo, só porque temos um bom carro, ou porque nos vestimos bem ou porque temos uma mala de 300€.
Queridos empregadores, se temos o que temos é pelo nosso trabalho. É porque em algum momento da nossa vida nos esforçamos para ter alguma coisa que queríamos muito.
Enquanto eu tenho um carro de 10.000€ vocês têm um de 60.000€, já viram a diferença (por exemplo...)?
Enquanto eu tenho que juntar dinheiro durante meses para comprar a mala de sonho, vocês só têm que passar o cartão para terem 3 malas de sonho e mais aqueles sapatos de 1000€ que poucos podem comprar. Tenho a certeza que no inicio da vossa carreira profissional não tinham esse poder de compra, mas também tenho a certeza que começaram do zero tal como eu vou começar.
Não julguem uma pessoa pela aparência, seja ela boa ou má.
Todos temos direito a uma oportunidade, a começar algo novo mesmo que falhemos redondamente.
Uma dica que me dizem nas entrevistas é...
"Oh, 5 meses que tem o bebé? Devia aproveitar para ficar com ele em casa." - Claro, e quem paga as despesas? O João? Ou os míseros 500€ que a SS nos dá? É uma ajuda claro, mas com um bebé... É complicado!
Outra: "E quando ele tiver doente vai ter que sair do trabalho não é?" - Não, tem duas avós e 1000 tios e tias dispostos a ficar com ele até eu ou o pai sairmos do trabalho. "Ai isso dizem todas as mães..." - Pois porque talvez seja mesmo isso que pode acontecer mas não nos dão oportunidade para mostrar o nosso trabalho quanto mais mostrar que temos uma família unida a apoiar-nos.
Outra: "Vai ser difícil encontrar um tarablho nos parâmetros que procura" - Sim mas se não for assim também não vou trabalhar. Não quero horários rotativos e folgas rotativas. Trabalho nessas condições à 9 anos, acho que agora com um bebé preciso mesmo de ter um horário normal.
Há que dar o nosso melhor todos os dias, lutar contra uma sociedade que critica mães que querem um horário das 8h00 às 17h00 com folgas ao fim de semana para podermos acompanhar o crescimento do nosso bebé, e construir uma família equilibrada e feliz.
Acho que não é pedir muito...
Acredito que o nosso país se encontre numa fase complicada a nível de emprego, mas eu respondo a imensas ofertas diariamente e não obtenho qualquer resposta. Encontro muitas vagas de secretária administrativa (neste momento é o cargo em que me foco em procurar) mas nunca dizem nada e eu penso que já arranjaram ocupantes, mas não. Porque o anuncio continua publicado, e até republicado.
Enfim... Resta-me ter paciência e esperar.
E vocês?
Mantiveram os vossos trabalhos após a licença de maternidade?
Ou também ficaram desempregadas?
Partilhem as vossas histórias comigo.
Beijinhos 💓
Não é porque quero, é porque a sociedade onde vivemos infelizmente ainda olha de lado para as recém-mamãs ou porque acham que não nos adaptamos a um certo cargo, que a própria sociedade aponta o dedo, só porque temos um bom carro, ou porque nos vestimos bem ou porque temos uma mala de 300€.
Queridos empregadores, se temos o que temos é pelo nosso trabalho. É porque em algum momento da nossa vida nos esforçamos para ter alguma coisa que queríamos muito.
Enquanto eu tenho um carro de 10.000€ vocês têm um de 60.000€, já viram a diferença (por exemplo...)?
Enquanto eu tenho que juntar dinheiro durante meses para comprar a mala de sonho, vocês só têm que passar o cartão para terem 3 malas de sonho e mais aqueles sapatos de 1000€ que poucos podem comprar. Tenho a certeza que no inicio da vossa carreira profissional não tinham esse poder de compra, mas também tenho a certeza que começaram do zero tal como eu vou começar.
Não julguem uma pessoa pela aparência, seja ela boa ou má.
Todos temos direito a uma oportunidade, a começar algo novo mesmo que falhemos redondamente.
Uma dica que me dizem nas entrevistas é...
"Oh, 5 meses que tem o bebé? Devia aproveitar para ficar com ele em casa." - Claro, e quem paga as despesas? O João? Ou os míseros 500€ que a SS nos dá? É uma ajuda claro, mas com um bebé... É complicado!
Outra: "E quando ele tiver doente vai ter que sair do trabalho não é?" - Não, tem duas avós e 1000 tios e tias dispostos a ficar com ele até eu ou o pai sairmos do trabalho. "Ai isso dizem todas as mães..." - Pois porque talvez seja mesmo isso que pode acontecer mas não nos dão oportunidade para mostrar o nosso trabalho quanto mais mostrar que temos uma família unida a apoiar-nos.
Outra: "Vai ser difícil encontrar um tarablho nos parâmetros que procura" - Sim mas se não for assim também não vou trabalhar. Não quero horários rotativos e folgas rotativas. Trabalho nessas condições à 9 anos, acho que agora com um bebé preciso mesmo de ter um horário normal.
Há que dar o nosso melhor todos os dias, lutar contra uma sociedade que critica mães que querem um horário das 8h00 às 17h00 com folgas ao fim de semana para podermos acompanhar o crescimento do nosso bebé, e construir uma família equilibrada e feliz.
Acho que não é pedir muito...
Acredito que o nosso país se encontre numa fase complicada a nível de emprego, mas eu respondo a imensas ofertas diariamente e não obtenho qualquer resposta. Encontro muitas vagas de secretária administrativa (neste momento é o cargo em que me foco em procurar) mas nunca dizem nada e eu penso que já arranjaram ocupantes, mas não. Porque o anuncio continua publicado, e até republicado.
Enfim... Resta-me ter paciência e esperar.
E vocês?
Mantiveram os vossos trabalhos após a licença de maternidade?
Ou também ficaram desempregadas?
Partilhem as vossas histórias comigo.
Beijinhos 💓
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